Tratamento para álcool Tratamento do alcoolismo e recuperação do dependente em álcool

Afinal, o alcoolismo é um problema social ou famíliar?
Por que uma pessoa tem vontade de consumir bebidas alcoólicas? Qual a influência da sociedade e como a família pode evitar que seus jovens se tornem alcoólatras?
A melhor forma de se resolver um problema é entender como ele se inicia, e quando o assunto são os problemas relacionados ao comportamento humano, esse conhecimento é essencial para saber o que se pode ou não fazer para contornar a situação.
O que faz uma pessoa se envolver com as bebidas alcoólicas?
Essa é uma questão que possui várias respostas, isso por que possuímos uma personalidade própria e um histórico de vida exclusivo, que nos tornam seres individuais. No entanto nosso comportamento é moldado pelo ambiente em que vivemos e o envolvimento com o álcool também está relacionado a esses fatores, como as pessoas com quem nos relacionamos, lugares em que frequentamos e etc.
Dentre as diversas possibilidades que faz com que uma pessoa tenha vontade de beber, algumas ganham maior destaque, como a mídia por exemplo. Com certeza você nunca viu um comercial de bebidas alcoólicas relacionado ao alcoolismo, mas pelo contrário, está sempre ligado a alegria, diversão, festas, amizade, confraternização, descontração, liberdade e muitos outros apelos emocionais que visam atrair os consumidores.
E para quem sofre de rejeição, carência emocional e problemas diversos, realmente é um ótimo atrativo, fazendo com que muitos caiam nessa armadilha, na intenção de escapar dos problemas ou satisfazer suas carências emocionais. Na tentativa de impedir que, principalmente os nossos jovens sejam influenciados, a exibição dos comerciais de bebidas alcoólicas foram restringidos e só podem ser exibidos em rádios e televisão no período das 21h e 6h.
Embora essa seja uma medida muito importante, ainda não é o bastante para se combater o alcoolismo de forma efetiva, se comparado a outros dois fatores de extrema influência, a sociedade e a família.
A sociedade e o alcoolismo
O fator social exerce uma influência enorme sobre o consumo de álcool e o que deveriaser um motivo de preocupação se tornou uma parte da cultura da sociedade. Muitas pessoas que começam a beber são impulsionadas pela simples necessidade de se sentirem parte de um grupo de amigos, por exemplo.
Atualmente é mais difícil encontrar pessoas que não bebem do que aqueles que têm o consumo do álcool como um hábito. Estimasse que mais de 67 milhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas regularmente, e destes, 17% abusam ou são dependentes alcoólicos, chegando a aproximadamente 12 milhões de alcoólatras, somente no Brasil.
Estes são fatos percebidos facilmente, nas redes sociais, por exemplo, onde é cada vez mais comum o compartilhamento de fotos e vídeos de pessoas alcoolizadas ou até mesmo em coma alcoólico, sendo vistos como mera diversão. Em muitos bares e clubes podemos encontrar até mesmo pessoas disputando sobre quem consegue ingerir a maior quantidade de bebidas, como uma simbologia de que aquele que bebe mais seria o mais forte do grupo. Muitos estabelecimentos até utilizam esse consumo exagerado para promover seus eventos, são as famosas festas “Open Bar”.
O fato é que a sociedade ignora totalmente os danos causados pelo álcool, embora muitas ações de conscientização e restrições sejam feitas, eles parecem não dar ouvidos. Restando apenas uma saída possível na tentativa de evitar este problema: a família.
Como a família pode evitar que seus jovens se tornem alcoólatras?
Dizer que a família é o berço da sociedade não poderia estar mais do que certo. É no convívio familiar que as bases do ser humano são construídas, princípios e valores são aprendidos e nossos filhos e jovens são preparados para construírem suas próprias vidas. Pelo menos este seria o modelo ideal para uma família saudável.
Prevenção do alcoolismo
Uma das melhores formas de se prevenir que os nossos jovens se envolvam com as bebidas alcoólicas é o diálogo familiar. Conversar com os filhos sobre drogas e álcool é tão importante quanto orientá-los sobre os perigos do sexo sem proteção, por exemplo.
É preciso entender que, o que eles não aprendem em casa será ensinado fora dela, e muitas vezes, longe da proteção e cuidados da família. Portanto, desenvolva diálogos abertos sobre os perigos, riscos e danos que o alcoolismo oferece.
O poder do exemplo familiar
Aquele velho ditado que diz “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço” é algo que deveria ser totalmente riscado da mente das pessoas. O exemplo é a melhor maneira de ensinar os nossos filhos.
Tendo dito isso, se você tem o hábito de beber, te aconselhamos a repensar as suas atitudes, se quiser proteger os seus filhos dos diversos males causados pelo álcool. Se necessário procure ajuda médica, o seu exemplo pode salvar a sua família.
Alcoolismo atinge 12% dos adultos
Um mal que atinge pessoas de todas as idades em todos os lugares do mundo, o alcoolismo é responsável pelo vício de 12% das pessoas adultas e também responde por 90% das mortes associadas à utilização de drogas.
A boa notícia diante de todo esse quadro catastrófico é que felizmente tem acontecido um grande processo de conscientização global que vem produzindo efeitos positivos quanto à necessidade de tratamento do alcoolismo e a adesão aos programas de reabilitação por parte dos alcoólatras, que enfim têm chegado à compreensão de que necessitam de auxílio especializado para conseguirem se livrar desse mal.
OS PERIGOS DO ALCOOLISMO NA IDADE ADULTA
Todos estamos cansados de saber que à medida que envelhecemos nosso organismo se torna mais lento para desenvolver suas tarefas do dia a dia. Isso se deve ao metabolismo, que se torna menos acelerado e precisa de mais tempo para concluir as atividades que antes não tinha dificuldades para desempenhar. Devido a isso, é considerando que o álcool, assim como qualquer outra droga, se torna ainda mais ofensiva com o passar do tempo, é inevitável a conclusão de que na idade adulta o alcoolismo é mais perigoso que na adolescência e na juventude.
Os adultos, ao utilizarem o álcool de maneira excessiva, aumentam consideravelmente a probabilidade de adquirir ou agravar algumas doenças.
Os mais comuns que podemos citar são:
- Diabetes
- Pressão alta
- Insuficiência cardíaca congestiva
- Problemas no fígado
- Osteoporose
- Problemas de memória
- Transtornos do humor
É claro que os mais jovens não podem compreender isso como um salvo conduto para fazerem uso do álcool, porque os males para eles existem, embora em menor proporção que para as pessoas adultas. Além disso, devemos estar conscientes de que a utilização do álcool na adolescência e juventude pode não provocar graves problemas de saúde imediatamente, mas no futuro essa prática será responsável por inúmeras doenças para essas pessoas.
MEDICAMENTOS x ÁLCOOL
Também é importante ressaltar que alguns medicamentos não podem ser utilizados concomitantemente com bebidas alcoólicas, podendo inclusive matar a pessoa. E como na idade adulta normalmente, conforme dissemos, as doenças surgem com mais intensidade e o uso de medicamentos se torna cada vez mais constante, esses riscos se potencializam. Alguns medicamentos que não podem ser utilizados em conjunto com o álcool são os seguintes:
- Aspirina
- Acetaminofeno
- Remédios para resfriado e alergia
- Xarope
- Remédios para dormir
- Medicação para dor
- Remédio para Ansiedade ou depressão.
Note que, quando falamos em “uso concomitantemente” a ideia é falar a respeito de um mesmo período da vida e não de um espaço temporal (por exemplo após o almoço ou o jantar). Se você faz uso de medicamentos que não podem ser utilizados em conjunto com álcool, está terminantemente proibido de consumir bebida alcoólica a qualquer tempo, independente de local ou de horário.
Como vê, isso não é somente questão de ideal ou de religião. O alcoolismo é um problema de saúde pública e pode inclusive matar. Essa tem sido a preocupação dos organismos responsáveis pela saúde pública e deve ser a sua também, para que possa ter uma vida mais plena e feliz.
Alcoolismo na terceira idade
Muitos de nós imaginamos, erroneamente, que o problema do alcoolismo atinge unicamente as pessoas jovens, talvez isso ocorra pelo fato dos meios de comunicação sempre focarem e divulgarem uma relação entre os jovens e o uso de drogas e que devemos sempre.
Talvez pela nossa cultura, que vê as pessoas de idade como alguém que já viveu muito e que traz consigo uma carga de sabedoria que a impede de ser vítima do alcoolismo. Contudo, precisamos ter consciência de que isso não é verdade e que as pessoas idosas são vulneráveis ao vício tanto quanto (ou talvez até mais!) que qualquer outra pessoa.
Angustiados, depressivos, sem perceptivas, algumas vezes abandonados pela própria família e completamente abandonadas pelo governo, utilizam o álcool abusivamente e erroneamente como uma muleta para suportar os fardos da vida. O Alcoolismo está sim presente na terceira idade, causando agravos em doenças já normalmente presentes pela idade como: diabetes e hipertensão. O Alcoolismo necessita de tratamento, realizado por profissionais e em ambientes destinados para a recuperação, independente da idade.
PROBLEMAS FAMILIARES E O ALCOOLISMO
Os problemas de família são fatores que naturalmente levam as pessoas idosas a ficarem tristes e depressivas. O abandono dos familiares, a falta de cuidados e principalmente de atenção, afeto ou aquela simples conversa de final de tarde, fazem com o que os idosos procurem um refúgio, uma forma de se socializar ou até mesmo de serem novamente notadas. Infelizmente, algumas destas ações acabam cominando no uso abusivo do álcool, o que consequentemente promove muitos outros problemas.
INÉRCIA DO GOVERNO, NÃO OFERECE TRATAMENTO ADEQUEADO DO ALCOOLISMO
O governo brasileiro também é extremamente responsável por esses problemas vividos pelas pessoas idosas. Isso porque o Estado, que é responsável por oferecer amparo e tranquilidade para as pessoas idosas, não proporciona a elas o mínimo necessário, que seria o acompanhamento médico. Ao contrário disso, o governo sacrifica os mais velhos com aposentadorias miseráveis e serviços públicos de péssima qualidade, o que de uma maneira ou de outra contribui para esses quadros.
O Estado não oferece tratamentos dignos para praticamente nenhuma doença, quando o assunto é alcoolismo, não passa de simples campanhas publicitárias ou auxílios financeiros ínfimos para instituições privadas escolhidas sem um critério transparente. Não há no Brasil, talvez por falta de interesse, incentivos e treinamentos aos profissionais da área de saúde para se qualificarem, desta forma, não há diagnósticos em pronto atendimentos ou postos de saúde, repassando a responsabilidade para os familiares ou centros particulares de tratamento especializados em alcoolismo.
DISTRAÇÃO E UM DIA, ALCOOLISMO PARA VIDA
Por incrível que pareça, há também inúmeros idosos que recorrem às bebidas como um meio de distração e uma forma de “driblar” a monotonia e a mesmice da vida. Esse é um quadro gravíssimo porque essa pessoa sente que está se divertindo e não julga que seja errado o que faz. A sua postura diante da vida se justifica pela necessidade de carinho e atenção.
PODER DE REAÇÃO: OS FAMILIARES NO CONTROLE CONTRA O ALCOOLISMO
E onde fica o poder de reação de um idoso diante do alcoolismo? Essa é uma resposta que se encontra no seio da família e dos amigos. Um idoso jamais será capaz de se sobressair ao vício do álcool se não for amparado pelos mais próximos. Porque onde existir o amor e o carinho dos familiares e amigos, não existirá lugar para o vício. Do contrário, será impossível garantir sua capacidade de permanecer sóbrio. Se você tiver o cuidado de acompanhar o idoso e dar-lhe aconchego, provavelmente ele não vai se envolver com o álcool.
Ajude os idosos a se sentirem mais amados e dê a eles a possibilidade de serem felizes porque a carência de sua vida pode ser suprida facilmente, não sendo portanto necessária a utilização de bebidas alcoólicas. Aspectos gerais no tratamento de saúde mental
Ocorreram avanços extraordinários no tratamento das doenças mentais e entender o que causa certos transtornos de saúde mental, ajuda os médicos a definirem um tratamento para esses transtornos.
O tratamento de saúde mental, em seu aspecto geral, busca obter o alívio de sofrimento, inserção social, estabilização do humor, conscientização do diagnóstico, adesão à necessidade de ingestão medicamentosa, prevenir recaídas, evitar institucionalização e conscientizar a família.
Para o tratamento, podem ser usados diversos recursos terapêuticos, mas sempre existe a necessidade de se fazer esta mediação com uma equipe multidisciplinar. Cada diagnóstico, exige uma demanda de intervenção técnica direcionada a fim de buscar sempre melhorar a evolução do paciente, entre as terapias convencionais, estão:
- terapia medicamentosa
- psicoterapia
- terapia ocupacional
- acompanhamento terapêutico
- orientação familiar
- musicoterapia
- convívio social
Tratamento
- abordagens psicossociais
- psicoterapia
- terapia ocupacional
- acompanhamento terapêutico
- orientação familiar
- grupos de auto-ajuda
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